7 de fevereiro de 2009

Palavras... Quão subjectivas....



São estas que nos permitem uma expressão mais directa e frontal, explicitando e transpondo no ar os pequenos recantos da nossa alma...

Nada mais que imagens jamais concretas ou correctas do nosso ser ou da nossa forma de estar... Usadas muitas vezes de forma equivocada pelo transmissor e erroneamente absorvidas pelo receptor, dando azo aos maus julgamento...

Vou pegar em todas as que eu conheço e, por um instante ignorar a sua existência... Passa a existir unicamente o meu mundo, percepcionado pelos sentidos.... Fecho os olhos e bebo do ontem... Ao inspirar e expirar enquadro-me no hoje... Sinto a suave brisa a acariciar o meu rosto como um bom prenuncio do amanha!

Esta é a minha morada... É aqui que eu vivo.... O ontem fica para atrás... No hoje vivo aqui.... Infelizmente e ninguém sabe lá entrar.... Os que entram não compreendem e desconjuram o que vêm... Por agora vivo nas minhas antíteses, criando figuras de estilo para espelhar o todo e tudo... Adjectivando o que me rodeia... Conjugo o meu ser com o meu estar...

Compreende o meu hoje, eu deixo que o compreendas…. Será que o queres compreender? Não será o meu eu demasiadamente claro para o aqui e agora… Infelizmente a fleumaticidade do meu ser torna o meu estar demasiadamente previsível…

Olha, nos meus olhos, ao menos isso…. Diz-me o que vez….


Não te recuses a olhar, pelo menos vê a verdade do meu olhar…
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